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_Um corpo em trânsito

“Antes eu dormia no emprego, ficava a semana toda. Depois que meu marido faleceu, tinha que voltar todo dia pra ficar com as crianças. Então saía às 3h da manhã e chegava às 10h da noite em casa.”


Este é um trecho retirado de uma das entrevistas realizadas com oito mulheres que moram em Magé, cidade da região metropolitana do Rio de Janeiro, e trabalham como empregadas domésticas em bairros ricos da capital. 
“Cidade Enquadrada: um corpo em trânsito” conectou o visitante a uma experiência vivida diariamente por Cida, Creuzinha, Iara, Ivanilda, Maria, Meri, Néia e Vânia. Essas 8 mulheres possuem em comum os anos de trabalho doméstico e também o cotidiano marcado por longas horas presas à condição de trânsito. O corpo em trânsito é uma condição inerente à vida metropolitana. As travessias são vividas ativa e passivamente: ao mesmo tempo que o corpo atravessa o território é, também, atravessado por ele. Mas o que atravessa os olhos e pensamentos de quem observa a cidade através do enquadramento de uma janela em movimento?

São Paulo. SP - Brasil

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Obra exposta na 13ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo

Colaboradores: Ana Amorim, Mel Martins, Ravísia Avelar, Ricardo Kranen e Victória Michelini 

2022

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